Além de contar com um público grande e variado na maioria dos países do mundo, a cerveja tem muita história para contar.
Uma das principais bebidas alcoólicas consumidas no mundo atualmente, com um consumo global de 189 milhões de quilolitros em 2021, segundo relatório publicado pela Kirin Holdings Company, os historiadores estimam que a cerveja acompanhe a humanidade há pelo menos 10 mil anos.
Durante o transcorrer dos séculos, a bebida foi integrada a dezenas de culturas e seu desenvolvimento se deu a partir de novas práticas e técnicas de preparo, que resultaram em novos sabores, variedade de estilos e uma indústria dinâmica e inovadora.
Confira a seguir como a “geladinha” deu a volta ao mundo e caiu nas graças da humanidade no decorrer da história.
Surgimento e primeiros registros
Quando o homem deixou de ser nômade, por volta de 10 mil anos atrás, e começou a plantar e estocar grãos para se alimentar, desenvolvendo a chamada economia agrícola, surgiram os primeiros campos de agricultura de cereais, como cevada e trigo.
Tudo indica que foi, neste período, a descoberta de que estes cereais fermentavam naturalmente quando armazenados em recipientes úmidos, uma prática que pode ter dado origem à cerveja. Por ser feita em um processo muito parecido com a da produção do pão, a cerveja era conhecida como o “pão líquido”.
Os aldeões da Suméria e da Babilônia, regiões da antiga Mesopotâmia – que corresponde atualmente a áreas do Iraque, Irã, Síria e Turquia –, desenvolveram a primeira receita escrita de cerveja.
Conforme registros, essas populações chegaram a dominar os processos produtivos de diversos tipos de cervejas, e a principal delas deu origem a uma bebida conhecida como sikaru, utilizada como peça central em ritos religiosos e uma ótima fonte de nutrição.
O assunto cerveja era tão sério que, por exemplo, na Babilônia, leis como o Código de Hamurabi regulavam a qualidade da cerveja e penalizavam aqueles que a adulterassem.
No Egito Antigo, a cerveja era um alimento básico e uma oferenda religiosa. A produção em larga escala da chamada “zythum” servia para o consumo de camponeses, para trabalhadores que construíram as pirâmides e até mesmo para os faraós.
Foram os egípcios que desenvolveram técnicas mais refinadas de produção, como a fermentação controlada. Uma curiosidade é que a cerveja egípcia era feita a partir de pão de cevada parcialmente assado, que era embebido em água e fermentado com leveduras naturais.
A chegada à Europa e a produção pelos monges
A cerveja chegou à Europa tendo como porta de entrada o Império Romano, levado a partir do Oriente Médio.
O imperador Júlio César era um grande admirador da bebida e, segundo historiadores romanos, povos como os saxões, celtas, gauleses e as tribos nórdicas e germânicas logo se tornaram consumidores e produtores de cerveja.
O nome cerveja, aliás, surgiu com os gauleses, que denominavam essa bebida de “cerevisia” ou “cervisia”, em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade.
Durante a Idade Média, os monges na Europa aperfeiçoaram as técnicas de produção de cerveja, introduzindo o lúpulo para preservação e sabor.
Mosteiros da Bélgica, Alemanha, França, Holanda e Boêmia (atual Tchéquia), tornaram-se centros de produção, graças principalmente ao trabalho dos monges da Ordem Trapista, refinando o processo e tornando a bebida mais consistente.
Na Alemanha, por exemplo, os monges elaboraram estilos como o Weissbier (cerveja de trigo) e o Doppelbock, além de serem os responsáveis pela Reinheitsgebot, a Lei da Pureza Alemã, já na chamada Idade Moderna, em 1516.
A lei, que estabeleceu que a cerveja só poderia ser produzida com água, malte de cevada e lúpulo, é seguida até hoje pela maioria dos produtores alemães, e se tornou um dos orgulhos da indústria cervejeira do país.
Outro fato relacionado ao aumento do consumo da cerveja nesse período na Europa é que era considerado mais seguro o consumo da bebida alcoólica do que da água, uma vez que o processo de fervura durante a produção evitava inúmeras contaminações.
Revolução Industrial
Marco importante para a produção cervejeira, a Revolução Industrial iniciada a partir do século XVIII foi responsável pelo surgimento de máquinas e avanços científicos, entre eles a pasteurização e a refrigeração.
Ao deixarem para trás a produção artesanal limitada e apostarem na industrialização, os cervejeiros da época ajudaram a transformar a bebida em um produto amplamente consumido, acessível a todas as classes sociais.
Foi durante esse período que surgiram grandes marcas e cervejarias, especialmente na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos.
Modernidade e diversidade
Após o domínio da produção industrial no século XX, o mercado de cervejas, extremamente dinâmico e diversificado do século XXI, se consolidou ao refletir as preferências dos consumidores, avanços tecnológicos e tendências culturais.
O mercado cervejeiro atual está caracterizado por nichos como cervejas artesanais, premium e alternativas com baixo teor alcoólico ou sem álcool.
O bom momento do segmento pode ser visualizado por meio do mercado brasileiro. Segundo dados do Anuário da Cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em conjunto com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o número de cervejarias registradas no país saltou de 1.729, em 2022, para 1.847 em 2023, representando um crescimento de 6,8%.
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